Por que uma página sobre São Jorge?
- Porque ele é um Santo querido.
- Porque ele é um dos Santos mais venerados no Catolicismo, na Igreja Ortodoxa e na Anglicana.
- Porque sua história emociona.
Então, vamos lá:

Vitral da Igreja Metodista
São Jorge, também conhecido como Jorge da Capadócia e Jorge de Lida (Lida é hoje chamada Lod, cidade de Israel) foi, conforme a tradição, um soldado romano no exército do imperador Diocleciano, venerado como mártir cristão.
São Jorge é um dos santos mais venerados no Catolicismo, na Igreja Ortodoxa, bem como na Comunhão Anglicana.
É imortalizado na lenda em que mata o dragão. É também um dos catorze santos auxiliares.
Considerado como um dos mais proeminentes santos militares, sua memória é celebrada nos dias 23 de abril e 3 de novembro – a primeira é a data de sua morte e a segunda, a data da sua consagração pela igreja, dedicada a ele na cidade de Lida (atual Lod em Israel), na qual se encontram sua sepultura e suas relíquias.
A igreja de São Jorge em Lida foi construída por ordem do imperador romano Constantino, onde ergueu-se um suntuoso oratório aberto aos fiéis, para que a devoção ao santo fosse espalhada por todo o Oriente.
São Jorge é o santo padroeiro em diversas partes do mundo, tais como: Inglaterra, Geórgia, Lituânia, Sérvia, Montenegro e Etiópia, além de ser um padroeiro menor de Portugal; bem como das cidades de Londres, Barcelona, Gênova, Régio Calábria, Ferrara, Friburgo, Moscou e Beirute. No Oriente, São Jorge é conhecido como grande mártir.
De acordo com lendas desde o século IV, Jorge teria nascido na antiga Capadócia, região que atualmente faz parte da Turquia. Ainda criança, mudou-se para a Palestina com sua mãe, após seu pai morrer em batalha. Sua mãe era originária de Lida, na Palestina, e era possuidora de muitos bens, tendo educado o filho com esmero na fé cristã. Ao atingir a adolescência, Jorge entrou para a carreira das armas, por ser a que mais satisfazia à sua natural índole combativa. Logo foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade — qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de conde da província da Capadócia. Aos 23 anos passou a residir na corte imperial em Nicomédia.
Devido ao seu carisma, Jorge não tardou em ascender na carreira e, antes de atingir os 30 anos, foi tribuno militar e conde, sendo encarregado como guarda pessoal do imperador Diocleciano, em Nicomédia. Consta que, quando do falecimento de sua mãe ele, tomando sua vultosa herança, tudo doou aos pobres e necessitados, causando tal fato surpresa na corte imperial, a qual ainda desconhecia a fé cristã de Jorge.
Em 303, Diocleciano publicou um édito que mandava prender todo soldado romano cristão e que todos os outros deveriam oferecer sacrifícios aos deuses romanos. Jorge foi ao encontro do imperador para objetar, e perante todos declarou-se cristão. Não querendo perder um de seus melhores tribunos, o imperador tentou dissuadi-lo oferecendo-lhe terras, dinheiro e escravos. Como Jorge mantinha-se fiel ao cristianismo, o imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. Após cada tortura era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar aos deuses romanos. Todavia, Jorge reafirmava sua fé, tendo seu martírio, aos poucos, ganhado notoriedade. Muitos romanos tomaram as dores daquele jovem soldado, inclusive a mulher do imperador, que acabou por se converter ao cristianismo. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito, mandou degolá-lo no dia 23 de abril de 303.
No século V já havia cinco igrejas em Constantinopla dedicadas a São Jorge. Só no Egito, nos primeiros séculos após sua morte, construíram-se quatro igrejas e quarenta conventos dedicados ao mártir. Na Armênia, no Império Bizantino, no Estreito de Bósforo na Grécia, São Jorge era inscrito entre os maiores santos da Igreja Católica.

Estátua feita para a Arena Corinthians
No século XIII, a Inglaterra já celebrava o dia dedicado ao santo e, em 1348, criou a Ordem dos Cavaleiros de São Jorge. Os ingleses acabaram por adotar São Jorge como padroeiro do país, imitando os gregos, que também trazem a cruz de São Jorge na sua bandeira.
Ainda durante a Grande Guerra, muitas medalhas de São Jorge foram cunhadas e oferecidas aos enfermeiros militares e às irmãs de caridade que se sacrificaram ao tomar conta dos feridos de guerra.
As artes também divulgaram amplamente a imagem do santo. Em Paris, no Museu do Louvre, há dois quadros famosos de Rafael intitulados São Jorge e o dragão. Na Itália, existem diversos quadros célebres, como o de autoria de Donatello.
A mais conhecida imagem brasileira de São Jorge seria, possivelmente, de autoria de Martinelli.
Há uma lenda que diz que São Jorge salvou uma princesinha de morrer envenenada por um dragão que aterrorizava toda a região. Montado em seu cavalo e com sua espada, São Jorge subjugou o dragão e assim foi que sua imagem está sempre acompanhada do cavalo, da espada e do dragão ferido.
Muitas homenagens são prestadas a São Jorge, dentre elas destaca-se a música Ogum, de autoria de Marquinho PQD e Claudemir. Abaixo, você vai assistir uma apresentação com Zeca Pagodinho e a participação de Jorge Benjor fazendo a oração a São Jorge.